sábado, março 31, 2007
O título sintetiza o assunto e desperta o interesse
Procurando vídeos legendados no youtube da série inglesa Monty Python - que ainda não chegou ao mercado brasileiro traduzida - encontrei um vídeo que tem a ver com o blog: ele conta um pouco sobre a função natural dos pingüins e seus prováveis destinos.
Esse outro vídeo estou colocando apenas por uma frustração recente.
Esse outro vídeo estou colocando apenas por uma frustração recente.
domingo, março 25, 2007
Ah, o Wilco...
Aren’t dreamed enough to be true (...)"
(Side With The Seeds)
(Side With The Seeds)
Quer ouvir algo melancolicamente doce? Baixe o novo álbum do Wilco, Sky Blue Sky. Nele, Jeff Tweedy e cia. deixaram um pouco os experimentalismos de lado e criaram uma ótima companhia para aqueles momentos em que as coisas não estão lá muito boas... Pianos, violões, guitarras, desesperos contidos, desesperos não contidos, melodias doces e belas, alguns sorrisos. Um ótimo disco.
sexta-feira, março 23, 2007
Memórias de um Cruzeiro III
O terceiro post da série é a respeito da noite mais glamurosa do navio: o Coquetel do Comandante. Nesse dia, todos os passageiros se vestem com roupa de gala, obrigatoriamente, e podem desfrutar de um momento ao lado do Comandante, que é o cara!
Acima, foto da fila para tirar a famosa foto com o Comandante, na entrada do Coquetel. O ângulo dessa foto é para não mostrar o rosto das pessoas.
sexta-feira, março 16, 2007
Nos tempos em que conhecia (ainda) menos de música
No colegial, a professora de história geral disse que queria ir ao show do Eric Clapton. Minha primeira reação foi achar graça, porque não tinha entendido o nome direito. Na minha cabeça, ela disse o nome de uma dupla sertaneja. Ai perguntei:
- Ãhn, Você quer ver o show do Erique e Clapitom?
Então, o pessoal em volta começou a falar que o cara era o máximo, que queriam ver também e por ai vai. Resolvi agir como se deve fazer em uma situação que nem essa - fingir que estou entendendo tudo o que falavam. E faço isso desde então em relação à música.
- Ãhn, Você quer ver o show do Erique e Clapitom?
Então, o pessoal em volta começou a falar que o cara era o máximo, que queriam ver também e por ai vai. Resolvi agir como se deve fazer em uma situação que nem essa - fingir que estou entendendo tudo o que falavam. E faço isso desde então em relação à música.
quinta-feira, março 15, 2007
Integração de Merda
Em 2007, alguém teve a brilhante idéia de juntar em um mesmo bilhete único os passes de metrô e ônibus para estudantes. Desde 2006, isso já existia para os bilhetes comuns e traziam vantagens, já que o usuário pagava menos ou no ônibus ou no metrô. Contudo, o sistema foi tão mal feito para os estudantes, que só propiciaram situações que ferraram ainda mais a vida deles.
Primeiro, não adianta nada juntar no mesmo cartão a passagem de ônibus e metrô, se isso não reduz em nada o preço da tarifa. O estudante paga R$ 1,15 no ônibus e R$ 1,15 no metrô, o mesmo que pagaria se estivessem em bilhetes separados.
Depois, agora é a Sptrans quem determina se o estudante merece ou não ter as duas cotas. No meu caso, não consegui cota de metrô (sendo que uso ônibus e metrô há pelo menos 4 anos), porque tem um ônibus perto de casa que vai direto até a região da Paulista. Porém, se eu pegar esse ônibus, em alguns horários, posso demorar até o triplo do tempo que gasto normalmente. Ou seja, pra Sptrans, para quê gastar duas passagens pegando ônibus+metrô, se você pode pagar uma e demorar três horas só de ônibus.
Em terceiro, alguns estudantes só precisavam de passe de metrô. Só que, para conseguir isso esse ano, eles também tem que ir em algum dos postos da Sptrans liberar o cartão (até o ano passado, era só pedir, pagar no banco, que chegava na faculdade). Sendo assim, as filas chegam a dobrar o quarteirão, com o mínimo de duas horas de espera. Um dos esquemas, é chegar uma hora antes dos postos abrirem. Ai, sua espera pode ser reduzida para uma hora e quinze minutos.
E pra finalizar, a última vez que recarreguei meu cartão escolar, deu algum tipo de problema (estou com ele há dois anos, e nunca tinha dado nenhum perrengue) e a moça não conseguiu colocar apenas um centavo no bilhete. Parece pouco, mas como não consigo passar R$ 1,14 na catraca, perco uma passagem.
Como ninguém está nem ai com essa integração mal feita, iniciada às pressas ano passado com o bilhete comum para angariar votos nas eleições, os estudantes continuam só tomando. E todo mundo sabe onde.
segunda-feira, março 12, 2007
Meta da Semana
Andar mais devagar.
sexta-feira, março 09, 2007
Pequenos Prazeres
Angustias insistem em serem constantes e intermináveis. Trabalho, desemprego, emprego, dúvida, escolha, não gostar, não saber o que gostar, relacionamento, amizade, incapacidade, o não relacionamento, ex-amizade, conteúdo, existência...
Contudo, algumas situações trazem prazeres que normalmente não temos no dia-a-dia e que nos fazem experimentar fragmentos de vida. Como decidir de última hora que vai pular numa piscina, sendo que está à uma hora de casa, numa quinta-feira, e não tem nenhuma roupa pra trocar. Ou, ir ver um filme que quer assistir faz tempo, mesmo sem ter tempo pra isso e estar morrendo de sono. E, no final do dia, chegar em casa e encontrar um pote de nutella intacto em cima da mesa da cozinha.
Contudo, algumas situações trazem prazeres que normalmente não temos no dia-a-dia e que nos fazem experimentar fragmentos de vida. Como decidir de última hora que vai pular numa piscina, sendo que está à uma hora de casa, numa quinta-feira, e não tem nenhuma roupa pra trocar. Ou, ir ver um filme que quer assistir faz tempo, mesmo sem ter tempo pra isso e estar morrendo de sono. E, no final do dia, chegar em casa e encontrar um pote de nutella intacto em cima da mesa da cozinha.
domingo, março 04, 2007
Fluxo da escrita não andada. Corrida.
Quero voar, quero voar, mas o ar é muito denso!
O pensamento prende ao solo, e nem com 153 mil balões de gás hélio posso encontrar a paz de ar leve sem dor. O vento do ventilador não basta. O frio do ar condicionado não é suficiente para fazer um boneco de neve. Com nariz de cenoura e tudo. Na verdade, em vez de cenoura colocaria um chocolate alpino. Para os mais carentes se consolarem na sua auto-ilusão gastronômica.
Respire, respire... nem todos os órgãos se aliviam. Respire, respire... o peito ainda dói.
Nas fibras do carpete, posso me arrastar livremente pelos diferentes níveis de fios. Destruo os entrelaços procurando uma migalha que me traga um mínimo de sentido pra isso tudo. Encontro palavras. Bonitas, mas vazias.
Respire, respire... Sinta... mas não muito.
Já era. Não encontro mais nem palavras.
O pensamento prende ao solo, e nem com 153 mil balões de gás hélio posso encontrar a paz de ar leve sem dor. O vento do ventilador não basta. O frio do ar condicionado não é suficiente para fazer um boneco de neve. Com nariz de cenoura e tudo. Na verdade, em vez de cenoura colocaria um chocolate alpino. Para os mais carentes se consolarem na sua auto-ilusão gastronômica.
Respire, respire... nem todos os órgãos se aliviam. Respire, respire... o peito ainda dói.
Nas fibras do carpete, posso me arrastar livremente pelos diferentes níveis de fios. Destruo os entrelaços procurando uma migalha que me traga um mínimo de sentido pra isso tudo. Encontro palavras. Bonitas, mas vazias.
Respire, respire... Sinta... mas não muito.
Já era. Não encontro mais nem palavras.
quinta-feira, março 01, 2007
A falta do "algo"

Poderia ter sido perfeito. No repertório, estavam algumas das melhores músicas do grupo. No palco, uma banda disposta a fazer qualquer coisa para agradar o público, até mesmo tocar de improviso uma música não prevista para o show. Na apresentação, diversos elementos para tornar aquilo tudo ainda mais mágico, como luzes criativamente aproveitadas ou bolas recheadas de papel picado jogadas sobre a platéia. Mas, parece que faltou algo. Pelo menos, é essa a minha sensação.
Cheguei ao Via Funchal uma hora e meia antes de o Coldplay ocupar o palco, sentei na minha cadeira já sentindo-me um pouco estranha, afinal, estava no número 58 da fila U da platéia três. Ou seja, na última fileira do canto direito. Do meu lado, apenas uma cadeira, ainda sem a ocupante que largaria o assento antes mesmo de o show começar. Até aí tudo bem, já tinha mesmo o plano de correr para frente assim que houvesse alguma movimentação no palco. Foi exatamente o que eu fiz: corri quando as luzes se apagaram e o público se levantou.
Do corredor que separava o lado direito da platéia 3 em dois, eu assisti toda a apresentação do Coldplay. Vi o Chris Martin dançando desengonçadamente de um lado do palco para o outro, dos microfones para o piano e do piano para próximo da platéia. Enquanto isso, os outros permaneciam em seus lugares - o baixista Guy Berryman, à direita, o guitarrista Jon Buckland à esquerda e Will Champion na bateria, localizada levemente à direita. Com isso, a tarefa de conquistar o público estava mesmo nas mãos de Chris Martin, que, como era de se esperar, arriscou um português: "e aí galera, beleza?".
Parecia, sim, estar tudo "beleza" com a "galera". Afinal, a banda fazia uma ótima apresentação, cheia de hits cantados em coro pelas pessoas. Foi assim com Yellow, foi assim com Clocks, foi assim com a linda Fix You. No meio do show, uma surpresa deliciosa: eles haviam incluído What If, uma das minhas canções preferidas do "X & Y". Só fiquei um pouco chateada depois de pensar que a inclusão dela no set list pudesse ser culpada pela retirada Til Kingdom Come, a minha música preferida desse álbum. Mas, tudo bem, ainda tinha - não necessariamente nessa ordem - Talk, In My Place, Swallowed In The Sea e... Shiver! Sim, o público pediu e eles improvisaram, apenas no violão e na guitarra. Tudo muito bonito. Mas, então, por que eu continuava sentindo que faltava algo?
Por que, de fato, faltava. Eu olhava para os lados e as pessoas estavam paradas, cantavam as músicas, batiam palmas, mas estavam comportadas e confortavelmente distantes umas das outras - eu pude pular, mexer os braços e as pernas sem incomodar ninguém. Tudo bem que a idéia inicial era que todos ficassem sentados, porém eu nunca pensei que algo perto disso fosse acontecer... nem mesmo quando comecei a perceber que a maioria das mulheres da platéia usavam salto alto. (Aliás, a elegância do público que compareceu deixou eu, minha blusa de algodão e o meu tênis completamente deslocados).
Eu passei a respeitar o Coldplay depois de assistir, no extinto Lado B, a um trecho de um show deles e perceber que uma banda que conseguia causar tamanha emoção na platéia deveria ser olhada com mais atenção. Foi o que eu fiz e, após ouvir primeiro álbum, me tornei fã do grupo. Quando eu lembro disso e penso no show da última terça-feira, me vem a impressão de que alguma coisa ali estava errada. Pode até ser que a banda não esteja tão bem nos últimos tempos, após o lançamento do "X & Y", mas, eu prefiro acreditar que o grande problema do show no Brasil foi a estrutura montada e o público gerado por ela.
Cheguei ao Via Funchal uma hora e meia antes de o Coldplay ocupar o palco, sentei na minha cadeira já sentindo-me um pouco estranha, afinal, estava no número 58 da fila U da platéia três. Ou seja, na última fileira do canto direito. Do meu lado, apenas uma cadeira, ainda sem a ocupante que largaria o assento antes mesmo de o show começar. Até aí tudo bem, já tinha mesmo o plano de correr para frente assim que houvesse alguma movimentação no palco. Foi exatamente o que eu fiz: corri quando as luzes se apagaram e o público se levantou.
Do corredor que separava o lado direito da platéia 3 em dois, eu assisti toda a apresentação do Coldplay. Vi o Chris Martin dançando desengonçadamente de um lado do palco para o outro, dos microfones para o piano e do piano para próximo da platéia. Enquanto isso, os outros permaneciam em seus lugares - o baixista Guy Berryman, à direita, o guitarrista Jon Buckland à esquerda e Will Champion na bateria, localizada levemente à direita. Com isso, a tarefa de conquistar o público estava mesmo nas mãos de Chris Martin, que, como era de se esperar, arriscou um português: "e aí galera, beleza?".
Parecia, sim, estar tudo "beleza" com a "galera". Afinal, a banda fazia uma ótima apresentação, cheia de hits cantados em coro pelas pessoas. Foi assim com Yellow, foi assim com Clocks, foi assim com a linda Fix You. No meio do show, uma surpresa deliciosa: eles haviam incluído What If, uma das minhas canções preferidas do "X & Y". Só fiquei um pouco chateada depois de pensar que a inclusão dela no set list pudesse ser culpada pela retirada Til Kingdom Come, a minha música preferida desse álbum. Mas, tudo bem, ainda tinha - não necessariamente nessa ordem - Talk, In My Place, Swallowed In The Sea e... Shiver! Sim, o público pediu e eles improvisaram, apenas no violão e na guitarra. Tudo muito bonito. Mas, então, por que eu continuava sentindo que faltava algo?
Por que, de fato, faltava. Eu olhava para os lados e as pessoas estavam paradas, cantavam as músicas, batiam palmas, mas estavam comportadas e confortavelmente distantes umas das outras - eu pude pular, mexer os braços e as pernas sem incomodar ninguém. Tudo bem que a idéia inicial era que todos ficassem sentados, porém eu nunca pensei que algo perto disso fosse acontecer... nem mesmo quando comecei a perceber que a maioria das mulheres da platéia usavam salto alto. (Aliás, a elegância do público que compareceu deixou eu, minha blusa de algodão e o meu tênis completamente deslocados).
Eu passei a respeitar o Coldplay depois de assistir, no extinto Lado B, a um trecho de um show deles e perceber que uma banda que conseguia causar tamanha emoção na platéia deveria ser olhada com mais atenção. Foi o que eu fiz e, após ouvir primeiro álbum, me tornei fã do grupo. Quando eu lembro disso e penso no show da última terça-feira, me vem a impressão de que alguma coisa ali estava errada. Pode até ser que a banda não esteja tão bem nos últimos tempos, após o lançamento do "X & Y", mas, eu prefiro acreditar que o grande problema do show no Brasil foi a estrutura montada e o público gerado por ela.