terça-feira, março 18, 2008

Nostalgia musical

Em dias recentes, estive sempre com a trilha sonora do filme Juno na orelha.
E não há quem tire ela de lá. Nem os Beatles. Ou o Damon Albarn tentando me enganar dizendo que amanhã é o meu dia de sorte. Desculpa, Damon, eu não caio mais nessa.

Mas eu não falar aqui sobre o quanto eu acho a trilha que embala esse filme boa. Isso vocês já devem ter percebido, já que ela não larga minha audição. A questão é que uma de suas faixas, talvez a que devesse passar mais despercebida por mim, me fez olhar para o passado, num espasmo de nostalgia. Eis a música:



Parece uma música cantada por crianças que mal saíram das fraldas, não? No allmusic.com, o estilo de música do Antsy Pants é definido como "Children’s". No myspace, eles se definem como Folk Rock / Rapt Cristão / Comédia, mas essa é outra história. O fato é que ouvindo "Vampire" eu me lembro da minha banda (cujo nome eu nunca gostei): a S.A.

A S.A. era uma banda de garagem. Da esquerda pra direita:
Leonardo, Marcela, Gabi, Renan e Mariela.

A penúltima faixa da trilha de Juno me fez perceber qual era o nosso principal problema: nós nos levávamos muito a sério e nos frustrávamos muito por perceber que (oh!) jamais conseguiríamos ser como os Beatles, ter o talento do Thom Yorke ou o... Ahn... é... o charme do Liam Gallagher. E, ao invés de encarar isso com bom humor, compondo algo parecido com "Vampire", por exemplo, parávamos os ensaios na metade... só não quebrávamos nossos instrumentos com raiva, porque eles eram muito, muito caros para meninas e meninos com idade por volta dos 16 anos.

A música do Ansty Pants me fez pensar que, às vezes, é melhor ver as coisas por outro lado e nos levar menos a sério. Não que não tenha sido maravilhosa a experiência com a S.A. - porque foi tudo de bom -, mas porque dói menos quando exigimos de nós algo que simplesmente não conseguimos fazer. No auge da nostalgia, encontrei umas músicas da S.A. Por pior que sejam, não vou me levar tão a sério e divulgá-las. Divirtam-se.








 

segunda-feira, março 03, 2008

Lä, lä, lä, lä

Uma vez falaram para eu escrever sobre isto aqui no Pingüim. Pela falta de assunto, acho que esse é o momento. Em galês, eu diria: hon oes eiliad. É... ou algo assim.

Desde criança eu tenho uma atração por idiomas estranhos. O russo, por exemplo. Ou o alemão. O islandês. Galês. Enfim, deu pra entender?

Assim sendo, cultivei o hábito de dizer...

- Nossa! Me ensina uma palavra?

...sempre que encontrava pelo caminho alguém que falasse uma língua diferente dos óbvios, porém não menos interessantes, português, inglês e espanhol.

A criatividade desses meus interlocutores, misturada a um possível quadro de loucura - que no caso do representante russo parecia um pouco mais evidente - me fez desenvolver um diverso e inútil vocabulário em línguas estranhas.

"Calcinha" em grego é um dos termos que me foram ensinados. Assim como "testa" em russo, "nariz" em holandês e "joaninha" em tcheco. Como é possível perceber, tratam-se de palavras extremamente úteis para o nosso mundo globalizado.

Se um dia eu estiver na Alemanha, por exemplo, conseguirei me entender muito bem nos restaurantes, pois aprendi a dizer "Eu não como carne" e... "Eu como chucrute", embora eu não seja muito fã de repolho, que dirá de repolho azedo.

Em comemoração a esse post tão útil quanto as palavras acima citadas, colocarei um clipe da banda galesa Super Furry Animals, que parece também ter um apreço por línguas estranhas, visto que uma de suas músicas, do álbum Love Kraft, de 2005, intitula-se "Oi Frango".

Não consegui encontrar um vídeo em galês, então vai este mesmo. O título pelo menos tem a ver:



Mas, se alguém ficou curioso para ouvi-los cantando em galês, é só clicar aqui.