domingo, janeiro 28, 2007

Memórias de um Cruzeiro

Nos próximos dias, escreverei sobre a semana que passei em um navio, em um percurso que passou por Búzios, Porto Seguro e Rio de Janeiro. A viagem foi bacana, muitos lugares bonitos, agradáveis e divertidos. Mas vamos falar dos momentos bizarros.

Primeiro momento: Show do cantor Wandê
Calouro do Raul Gil entre os anos de 2001 e 2003, Wandê permaneceu no programa naqueles tempos em que quase ninguém era eliminado do programa de calouros e que a audiência (Record) chegou perto dos programas da rede Globo nas tardes de sábado.
Wandê entra no seu show, no espaço Cabaret do navio, cantando uma música em inglês de terno, gravata e com um chapéu redondo na cabeça, que lembrava uma bandana.
Depois da primeira música, ele diz poético mais ou menos o seguinte: "Para se emocionar com uma música não precisa entender a letra. Convido a todos para viajarem e se emocionarem na máquina do tempo que é a música". E volta a cantar outra de suas músicas internacionais, típicas de programas de calouros, alterando a voz para "explorar" melhor seu potencial vocal nas partes mais fortes das canções.
Sempre que reparava alguém da platéia com uma máquina fotográfica pronta para disparar, se posicionava sorridente em frente à máquina, e esperava parado o click.
Dias antes do show, Wandê, que não tirou seu chapeuzinho em nenhum momento da viagem, se encontrava entre os passageiros desfrutando da boate quando um rapaz que conheci no navio me perguntou: "Você conhece esse cara? Acho que já vi ele em algum lugar, só não sei de onde". Olhei para Wandê e tive a mesma impressão "Ah, deve ser de um grupo de pagode". "É, acho que é isso mesmo".

 

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Harmonia

7.
Sei que fazer o inconexo aclara as loucuras.
Sou formado em desencontros.
A sensatez me absurda,
Os delírios verbais me terapeutam.
Posso dar alegria ao esgoto (palavra aceita tudo).
(E sei de Baudelaire que passou muitos meses tenso
porque não encontrava um título para os seus poemas.
Um título que harmonizasse os seus conflitos. Até que
apareceu Flores do Mal. A beleza e a dor. Essa antítese o
acalmou.)

As antíteses congraçam.
Manoel de Barros em Livro Sobre Nada

Confortante. Desesperador.
(quem dera ter delírios verbais como terapia)

 

sábado, janeiro 13, 2007

Dona de casa

Vivendo (temporariamente) sozinha há pouco mais de uma semana, descobri que:

1. Definitivamente, não consigo matar insetos.

2. Se você não abrir a torneirinha, a máquina de lavar não funciona.

3. Passar roupa é realmente um saco.

4. Miojo de legumes até que é gostoso.

5. Plantas dão trabalho.

6. É emocionante encontrar a casa exatamente como você a deixou ao sair (ainda que ela esteja desarrumada).

 

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Menos dentes

Sim, essa foto está ruim. Eu sei.

Sentir o dentista mexer nos osso da boca não é agradável. Depois da cirurgia de retirada dos dentes do ciso, uma piada dos dentistas: "Grandes, não! Dá até pra fazer um par de brincos com os dentes. Hahaha".

 

quinta-feira, janeiro 11, 2007

A Casa dos Budas Ditosos

Dia 10 de janeiro assisti minha primeira peça do ano, A Casa dos Budas Ditosos, com Fernanda Torres, no Teatro Cultura Artística.
Alguns amigos disseram que eu nunca teria a oportunidade que eles tiveram, de assistir essa peça em clima intimista, como aconteceu alguns anos atrás no Centro Cultural São Paulo, quando Fernanda apresentou a peça a pouquíssimas pessoas.
Bom, apesar do Cultura Artística ter capacidade para 1156 lugares e estar lotado nesse dia, consegui sentir esse clima intimista. Claro, eu estava sentada na segunda fileira, precisamente na B07. Pude ignorar pelo menos 1150 pessoas. Na minha frente apenas Fernanda e senhoras. Foi intimista, mas não um milagre. O Cultura Artística continua a ser redutos de senhoras distintas bem vestidas.
Sobre a peça, posso dizer que ela é do caralho, literalmente. Nela, Fernada Torres é uma libertina de 68 anos que narra suas aventuras sexuais ao longo de sua vida. O texto de João Ubaldo Ribeiro é ótimo, e fazia tempo que não via um trabalho de ator tão bom quanto o realizado por Fernanda Torres.
Bom, se fosse jornalista, não poderia adjetivar dessa maneira um texto, mas... enfim.
Depois da apresentação, Fernanda disse que, como atriz carioca, estava admirada com o Teatro de São Paulo. Basta agora continuar a aproveitar esse teatro.

 

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Nome

O título do blog poderia ser "Coelho de Cócoras", porque o coelho naturalmente está de cócoras. Isso também serve para o sapo. A Marcela pensou "Pato na Banheira", porque o Pato está naturalmente na Banheira. Mas Pingüim, existe uma polêmica: ele nunca consegue ficar de cócoras ou ele está sempre de cócoras?

Na verdade, o nome surgiu mesmo como está no post anterior.

 

A criação

- Que tal "Pingüim de Cócoras" para o nosso blog?
- Mas a gente sabe escrever "cócoras"?