domingo, março 04, 2007

Fluxo da escrita não andada. Corrida.

Quero voar, quero voar, mas o ar é muito denso!
O pensamento prende ao solo, e nem com 153 mil balões de gás hélio posso encontrar a paz de ar leve sem dor. O vento do ventilador não basta. O frio do ar condicionado não é suficiente para fazer um boneco de neve. Com nariz de cenoura e tudo. Na verdade, em vez de cenoura colocaria um chocolate alpino. Para os mais carentes se consolarem na sua auto-ilusão gastronômica.

Respire, respire... nem todos os órgãos se aliviam. Respire, respire... o peito ainda dói.

Nas fibras do carpete, posso me arrastar livremente pelos diferentes níveis de fios. Destruo os entrelaços procurando uma migalha que me traga um mínimo de sentido pra isso tudo. Encontro palavras. Bonitas, mas vazias.

Respire, respire... Sinta... mas não muito.

Já era. Não encontro mais nem palavras.

 

Comments:
É tão bom correr nas palavras... mesmo que você acredite que o resultado disso seja apenas uma auto-ilusão literária. Gostei do texto.
 
Esse texto pede uma imagem! Uma imagem muito viajada. Daora.
Comecei ontem no TUCA. Tô feliz.
É nóis esse ano.

 
Respirar dói. E as palavras sempre se esconderam de mim.

Gostei do texto. e de te ver no domingo.. estava com saudades :)

 
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