sexta-feira, agosto 03, 2007

Post atrasado

Uns dois dias após o acidente com o avião da TAM, lá estava eu em outro TAM voando por Congonhas. Por causa da mídia, pela primeira vez observei que a pista tinha as tais ranhuras, e deduzi: estou em uma pista auxiliar! (a mídia me deixou mais esperta).

Como na época em que viajei (já que o post está um tanto atrasado), a maior suspeita era de que a pista + TAM fossem as grandes causadoras do acidente, os passageiros que voltaram comigo para Congonhas não estavam muito animados com o pouso.

Sentada ao lado de uma das saídas de emergência, depois de um tempo fiquei sabendo o porquê seria impossível nosso avião explodir:

- Se eu estivesse naquele avião, ele nunca teria explodido. Já bati três vezes na trave. Na última vez, era pra ter sido, mas não quiseram me aceitar. Esse avião não cai não. - dizia a moça do meu lado, de trinta e poucos anos, tranqüilizadora.

Agora, bem mais segura depois da informação, pude reparar na família sentada nos bancos de trás. Um garotinho de óculos se escondia atrás de um travesseirinho, enquanto seu pai do lado falava:

- Fica calmo filhão, nós vamos descer no aeroporto mais seguro do país.

Quando o avião finalmente pousou, palmas e expressões de alívio foram ouvidas. Atrás, o pai dizia ao moleque. Vai filho, grita mais uma vez! Quando você gritar, todo mundo vai bater palma, quer ver? Um, dos três:

- Eeeeeeeee...

Ao fundo, palmas e expressões.

 

Comments:
HAHAHAHA tem coisas que só uma viagem de avisão faz por você. Por isso, vou sempre de ônibus.
 
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