terça-feira, novembro 06, 2007

Histórias mal assombradas I


Cenário: a redação de uma revista qualquer situada em uma casa de dois andares. Logo na entrada, fica a mesa da secretária. Mais adiante, um curto corredor dá para uma sala mais ao fundo, onde está a redação. No meio dos dois ambientes, tem uma escada.

Personagens: estagiária, secretária e jornalista

Manhã, 9h10. A secretária está em sua mesa, ajeitando suas coisas enquanto a estagiária está na sala dos fundos, ligando o computador. Nesse instante, a estagiária ouve passos na escada. Normal. A secretária pode apenas estar subindo para ir ao banheiro. Contudo, ao olhar para a sala na entrada, vê a secretária ajustando suas coisas e vai falar com ela:

Estagiária — Você subiu a escada?

Secretária — Não. Eu achei que você quem tivesse subido.

Estagiária — Eu não subi. Mas você também ouviu alguma coisa, né?

Secretária — Eu ouvi... E vi um vulto de preto subindo a escada, então achei que fosse você.

Estagiária — Você viu???

Secretária — Vi. Assim, a lateral do braço, só um perfil subindo a escada. Depois ouvi os passos.

Estagiária — Nossa, mas eu não subi e também ouvi os passos. Que medo.

(Nessa hora chega a destemida e cética Jornalista)

Estagiária — (para a jornalista) Eu sei que você não vai acreditar, mas ela viu um vulto subir as escadas e eu ouvi. Não tem ninguém mais aqui.

Secretária — Talvez alguém tenha entrado e a gente não tenha notado. Mas quem vai ter coragem de ir lá em cima pra ver?

Jornalista — Bah. Não acredito mesmo. Vou lá em cima ver.

(Jornalista sobe as escadas. Depois de um tempo)

Jornalista — (grita lá de cima) Não tem ninguém aqui.

Secretária — Ai.

Estagiária — Medo.

Jornalista — Affi. Vocês são bobas.

(Fim)

Adendo: Histórico do local — Funcionárias que trabalharam lá antes disseram escutar pessoas correndo no andar de cima, e barulhos estranho pela casa. Uma vez, elas contam ter visto a fechadura da porta mexer sozinha, sendo que uma estava dentro da sala, e a outra chegando na casa – não tendo assim como ter sido alguém material. Em outra oportunidade, a torneira da cozinha abriu sozinha.

obs: Como a maioria das fotos encontradas no google eram bizarras, resolvi colocar esse pingüim Hitchcock para ilustrar.


 

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