segunda-feira, setembro 08, 2008

Seres-esquisitos-que-dançam

Eu tinha 10 anos e uma pança um pouco maior quando vesti um macacão vermelho e preto, de calça e manga compridas, totalmente colado ao corpo. O motivo: eu fazia aulas de jazz e iria dançar a música "Eye Of The Tiger". Sim, um dos temas da série "Rocky".

Na época, eu não tinha noção de como uma dança poderia ajudar na aceitação de minhas próprias esquisitices e na defesa delas perante o mundo. Eu queria ser uma estrela, da espécie mais normal possível.

Porém, a cada macacão acompanhado por um hit da década de 1980, certamente eu protagonizava cenas semelhantes à que fecha o filme Pequena Miss Sunshine. É claro que com menos empolgação por parte da minha família.

Mas, antes que este post se torne uma sessão de psicanálise rumo à aceitação dos traumas do passado, direi o real motivo de ele existir: há pouco tempo, uma música ou, mais especificamente, o seu clipe me fez recordar os meus dias de bailarina:



Obviamente, a identificação aqui é com o norueguês esquisito e não com as graciosas menininhas envoltas em tule branco. Lá no início da década de 90, eu era o norueguês esquisito, dançando descoordenadamente, mas não tinha nenhuma noção sobre o que isso poderia significar.

Hoje, a força dessa imagem me faz querer sair dançando loucamente por aí, sem dar a mínima para a impossibilidade de eu tornar-me uma estrela do jazz. Penso até em tirar o macacão vermelho e preto do armário.

Ok. Acho que o post acabou virando uma sessão de aceitação do passado. Ou, pelo menos, uma defesa dos seres-esquisitos-que-dançam. Rocky Balboa, aí vou eu! Ou, em outras palavras: vem ni mim!

 

Comments:
Não imagino o que seja isso. Aos cinco anos fiz papel de locomotiva na festinha do pré II e esse foi todo o meu envolvimento cênico por muito tempo.
 
Ai, essas coisas são tão parte da vida. Eu fui um Pingo (sabe? os ratinhos coloridos) chorão no Pré. Isso explica tanta coisa. :)

Descobri aqui por acaso, que côusa.
E a música do norueguês esquisito é boa!

 
Eu desde cedo era uma estrela, desculpe. Uma estrela mesmo, literalmente. Usava tipo um chapéu com pontas. Era o máximo. A única coisa é que todo mundo da sala era estrela tb. E se todo mundo é estrela, nem tem graça ser uma, certo? Vou ver se recupero umas fotos. rsss

Besos saudosos, chica.
Juli =)

 
Pingüim,

Eu já fui um feijão, feijão maravilha. Que tal?

 
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